segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Onde brota a esperança?

Postado por Camila Alves às 16:43 0 comentários

Com licença, poderia me informar onde posso plantar esperança? Qualquer canto fértil seria útil. Qualquer pedaço de terra boa para nascer seria muito bem vindo. Você sabe? Oh, não. Não é terra boa aí não.

Não, você deve estar enganado.
Não é possível nascer nada bom daí.
Eu não tenho certeza, mas é só minha sincera opinião.
Venha aqui comigo, deixa eu te mostrar.

Não é fértil. Apenas cicatrizes.
Vê?
Você vê.
E insiste que meu coração é terra fértil.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Sobre ter fé.

Postado por Camila Alves às 18:35 0 comentários
Ela jogou. Jogou o medo pela janela e se foi. Sem saber uma vírgula do seu futuro, foi. Mas sabia bem quem cuidava dela. Desamparo é uma palavra que jamais caberia em sua vida. Talvez outras pessoas tão falhas quanto ela tenham feito isso mais de uma dúzia de vezes com o coração de menina dela. Mas o Autor da vida jamais fizera isso. E ela sabia que nunca faria. Por isso seguia e não temia. A vida não é previsível. Não sabemos o que haverá depois da próxima curva. Impossível é ver os fatos, os cacos do amanhã. Há beleza no mistério do nosso futuro. E essa resplandece quando nossos latejantes corações encontram descanso no dono dos nossos amanhãs, no construtor da nossa estrada, no nosso restaurador. E a dor do amanhã? Ah, isso não cabe a mim saber. Quais serão os motivos dos sorrisos? E o júbilo aparecerá por quê? Certamente porque bem firmados estarão os meus passos naquele que caminha comigo. Naquele que mesmo quando eu penso em fugir, segura minha mão. E me garante que a viagem tem um destino e meu lugar é bem do lado dele. A fé me convida para uma aventura que mesmo sem eu saber como será, sei que é segura simplesmente por saber quem de mim cuida. E eu digo sim. E eu digo sim. E eu não paro de dizer sim.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Uma canção de amor.

Postado por Camila Alves às 18:50 0 comentários
Ela procurava uma sinfonia que fizesse fluir de suas batidas cardíacas as melhores sensações. Buscava o tom perfeito, a afinação correta. Queria que a paz fosse como uma orquestra em exemplar harmonia. Essa busca se manteve até o ponto em que ela achou que a jornada seria em vão. Cansou-se... parou os pés. E então percebeu que era ela quem estava sendo buscada. Que era querida e procurada. Então, no meio de composições foscas e efêmeras que em um passado não muito distante ela achara que fossem curá-la, encontrou a verdadeira canção de amor, cuja melodia a conquistou. E entre rimas feitas com sangue, seu coração repouso encontrou. Afinal, o próprio compositor essa música a ela apresentou. O fim do desespero, o começo de um canto sem fim. Ela aprendeu a cifra, e quis cantar também assim. Pro mundo ouvir. Pro mundo vir também. Para que envoltos na canção de amor, percebam que a vida tem muito mais para nos falar e precisamos ter ouvidos para ouvir. Sendo ouvinte e instrumento, prosseguirei com a cantoria da mais bela canção composta pelo compositor de toda vida.
 

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