sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Sobre ter fé.

Postado por Camila Alves às 18:35 0 comentários
Ela jogou. Jogou o medo pela janela e se foi. Sem saber uma vírgula do seu futuro, foi. Mas sabia bem quem cuidava dela. Desamparo é uma palavra que jamais caberia em sua vida. Talvez outras pessoas tão falhas quanto ela tenham feito isso mais de uma dúzia de vezes com o coração de menina dela. Mas o Autor da vida jamais fizera isso. E ela sabia que nunca faria. Por isso seguia e não temia. A vida não é previsível. Não sabemos o que haverá depois da próxima curva. Impossível é ver os fatos, os cacos do amanhã. Há beleza no mistério do nosso futuro. E essa resplandece quando nossos latejantes corações encontram descanso no dono dos nossos amanhãs, no construtor da nossa estrada, no nosso restaurador. E a dor do amanhã? Ah, isso não cabe a mim saber. Quais serão os motivos dos sorrisos? E o júbilo aparecerá por quê? Certamente porque bem firmados estarão os meus passos naquele que caminha comigo. Naquele que mesmo quando eu penso em fugir, segura minha mão. E me garante que a viagem tem um destino e meu lugar é bem do lado dele. A fé me convida para uma aventura que mesmo sem eu saber como será, sei que é segura simplesmente por saber quem de mim cuida. E eu digo sim. E eu digo sim. E eu não paro de dizer sim.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Uma canção de amor.

Postado por Camila Alves às 18:50 0 comentários
Ela procurava uma sinfonia que fizesse fluir de suas batidas cardíacas as melhores sensações. Buscava o tom perfeito, a afinação correta. Queria que a paz fosse como uma orquestra em exemplar harmonia. Essa busca se manteve até o ponto em que ela achou que a jornada seria em vão. Cansou-se... parou os pés. E então percebeu que era ela quem estava sendo buscada. Que era querida e procurada. Então, no meio de composições foscas e efêmeras que em um passado não muito distante ela achara que fossem curá-la, encontrou a verdadeira canção de amor, cuja melodia a conquistou. E entre rimas feitas com sangue, seu coração repouso encontrou. Afinal, o próprio compositor essa música a ela apresentou. O fim do desespero, o começo de um canto sem fim. Ela aprendeu a cifra, e quis cantar também assim. Pro mundo ouvir. Pro mundo vir também. Para que envoltos na canção de amor, percebam que a vida tem muito mais para nos falar e precisamos ter ouvidos para ouvir. Sendo ouvinte e instrumento, prosseguirei com a cantoria da mais bela canção composta pelo compositor de toda vida.
 

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